Hoje nem sem mais quem eu era. Quando eu pego pra ler o que
escrevia há uns anos atrás, leio outra pessoa. Qualquer um menos eu. É
engraçado ver como você era há uns cinco ou quatro anos atrás. Daquele lá eu
invejo a pureza, as palavras saíam tão reais, tão genuínas. É estranho se ver
de fora no futuro. Às vezes dá até vergonha do tanto de coisa que disse e que
poderia ter ficado não dita. E o estilo então? Cheio de cafonices e parágrafos.
Quando paro hoje para pensar nem sei pra que é que servem aqueles tantos
parágrafos. Eu me abria sem pudor nenhum, sem vaidade. Tão louco ler aquele
cara sem amor-próprio. Na verdade, nem sei se estou falando de amor-próprio
mesmo. No fim das contas pode ser qualquer coisa. Eu só acho que não precisava
falar de todo mundo que amei e invejei e com quem quis dormir. Tem coisa que
não precisa falar, né? Dá um sentimento estranho ler esses textos nos quais eu
falava coisas tão íntimas de pessoas que nem sentiam o mesmo que eu. Sei lá.
Fico pensando se era melhor ser desse jeito e colocar pra fora tudo o que eu
tenho aqui dentro numa de se esvaziar de tempos em tempos, ou se era melhor ter
ficado calado que com o tempo passava. Eu olho aquele menino apaixonado que
falava de si sem pudor nenhum e nem entendo de onde ele vem. Parece tão
distante, tão romântico.
ah! eu não me arrependo de nada ... tudo faz parte da construção ... ou não?
ResponderExcluirVeja pelo lado bom: hoje todo mundo faz isso no Facebook! Blog, mesmo cafona, ainda é mais cool! :-)
ResponderExcluirAh eu conheci o Antônio romântico e ele era chato, sinceramente, vc tá muito melhor agora. graças ao meu bom Deus.
ResponderExcluir"Somos todos um"... ;-)
ResponderExcluirTamo junto, Neide.
ResponderExcluirAh,eu te conheço pelo q escreves,e a julgar pelo q leio aqui,eu ia gostar muito de ti,guri !
ResponderExcluirPelo menos fez uns amigos no caminho... Pra alguma coisa serviu tanta exposição.
ResponderExcluirPra mim, penso que foi o que eu precisava na época. Precisava falar. Nem que fosse sozinho. Mas por precaução delatei o blog! Não quero correr o risco de sentir vergonha de quem eu fui.