Enquanto segurava meu copo de cerveja em uma mão e meus argumentos sobre o abuso da televisão em outra, olhava de rabo de olho para ter certeza que Barney estava me ouvindo, que pelo menos sabia que eu estava ali. Não adianta estar presente, é preciso ser notado, ser cheirado e ser comido. Enquanto ele não veio em minha direção e disse meia dúzia de palavras saltitantes não parei de beber, nem de fazer a cara de cool, aquela que guardo na porta da direita do meu armário de quinquilharias. Era só dar uma volta pela festa que vi que eu não era o único que tinha tirado do armário a cara de cool. Tantos jovens de camisas xadrez e Converse exibiam as suas. De todas as cores e formatos. Vi até uma que lembrava batata frita. Ou era isso ou era a minha cerveja fazendo efeito.
"Era só dar uma volta pela festa que vi que eu não era o único que tinha tirado do armário a cara de cool. Tanto jovens de camisas xadrez e Converse exibiam as suas."
ResponderExcluirótima frase
A minha cara de cool lembra o que?
ResponderExcluirPorque sou esse: "jovens de camisas xadrez e Converse"
ResponderExcluirE n'alguns lugares, os de camisa xadrez e converse são tantos que parecem um só. Iguais. Nivelados... por baixo. Os que de fato são cool correm o risco de se perderem entre linhas perpendiculares das camisas da multidão.
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