Sandra não tinha nome de santa, nem o era. Lavou o quintal naquela manhã e só deixou minhas roupas lavadas no tanque antes de ir. Nunca mais voltou, nunca mandou carta. Nem feijão pronto deixou. E quando a vizinha por misericórdia passou minhas camisas, percebi que Sandra passou dos limites. Deixou um rombo naquela azulzinha, de seda bem fina e cara. Rombo maior que no meu coração, fino e caro. Quando dei por mim, vi que já não tinha isqueiro, nem tabaco. Que Sandra havia levado, sabe lá Deus por quê, já que nem fumava. E o meu salário, Sandra só não levou porque guardo escondido, mas fez questão de ficar até o final do mês pra me levar à miséria antes de ir. Nem ensinar nosso filho a mijar no vaso Sandra ensinou, mas saiu deixando-lhe um beijo vermelho no braço fino. O menino insiste em não tomar banho no lado esquerdo do corpo, pra não lavar o beijo que a puta da Sandra lhe deixou, enquanto a inhaca vencia o cheiro do cloro que usavam no banheiro. Nem quando houve telefone Sandra ligou. E eu pensando que era só isso que ela esperava. Alguma invenção moderna, ou o início de mais um mês com mais um salário. Mas Sandra não voltou.
puta q pariu!
ResponderExcluirque texto maravilhoso!
aff! foi melhor ela ter ido mesmo!
ResponderExcluire você escrevendo cada dia melhor
beijos
definitivamente Sandra não era uma boa bisca ...
ResponderExcluirmemorável este seu conto querido ...
agradeço o carinho por lá
bjão
Menino, vc está melhorando a cada texto (como se isso fosse possível).
ResponderExcluirParabéns!
Adorei!
Tadinho dele. Do menino.
ResponderExcluirA propósito, que oxford lindo, nossa.
Sandra nao teria capacidade pra usar um oxford desse, tao meigo. Biscate!
ResponderExcluirehehe
tao bom que despertou o pior em mim. rs
Se um dia Sandra volta, enforca ela,
ResponderExcluirBjux
E essas Sandras que gostam de absorver a vida alheia... tsc tsc tsc
ResponderExcluirJá foi tarde...
Beijo
foda.
ResponderExcluirPHoda!!
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