Estou aqui, trancafiado no meu quarto, esperando que a noite termine e que mais um dia se inicie. Que eu possa sorrir os sorrisos de sempre e evitar mais um constrangido com minha depressão, com a minha falta de vontade de viver. Mas pra que viver? Pra quê? Se tudo o que eu tenho é esse quarto onde me tranco, essa porta fina que filtra os sons dos que estão fora. Os felizes e os que fingem estar felizes. Nem sei se posso mais fingir. Tampouco sei se posso ser feliz. O que tenho é a melodia que me toma, me dá um pouco de vida. Eu diria, se eu não estivesse como estou, que tudo o que eu preciso é vida. Um pouco de vida. Assim como quem diz que está quente, que precisamos de uma chuva. Eu preciso de vida. E quando houver vida de um pouco de força para viver. Enquanto isso, me tranco, esperando o momento em que finalmente vou poder tomar minha caneca de vinho, fumar o cigarro da noite e esperar o dia surgir. Porque todo dia, ele surge. Surpreendendo os pessimistas como eu e confirmando os otimistas como eu. E depois de todo dia, vem a noite. Tão certa quanto essa melodia.
lindo!
ResponderExcluirlindo!(2)
ResponderExcluirlindo!(3) rsss
ResponderExcluirEstou precisando ser mais otimista ... FATO ...
ResponderExcluirbjão
UaU li e viciei vou passar aqui mais vezes...
ResponderExcluir^^ xauz
Quero só ver o dia que o sol não nascer... os pessimistas estarão preparados.
ResponderExcluirah....arfei aqui....mui lindo...
ResponderExcluirMe diz uma coisa, depressão é algo naturalmente bonito ou é você que tem o dom de transforma-la em algo bonito? Parabéns, Antônio... Sua escrita melhora a cada dia... Só espero (e agora falo como amigo, não como leitor) que vc não tenha o mesmo fim dos que escreveram como você escreve.
ResponderExcluirUm grade abraço, até o próximo