17 abril 2011

Lorca

O poeta pede ao seu amor que lhe escreva

Amor de minhas entranhas, morte viva,
em vão espero tua palavra escrita
e penso, com a flor que se murcha,
que se vivo sem mim quero perder-te.
O ar é imortal, a pedra inerte
nem conhece a sombra nem a evita.
Coração interior não necessita
o mel gelado que a lua verte.
Porém eu te sofri. Rasguei-me as veias,
tigre e pomba, sobre a tua cintura
em duelo de kordiscos e açucenas.
Enche, pois, de palavras minha loucura
ou deixa-me viver em minha serena
noite de alma para sempre escura.

5 comentários:

  1. Lindo poema... Passando aqui mais ara te deixa um beijo.. rs

    Até o próximo...

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  2. Não existe "para sempre", um dia por certo, sua alma se iluminara.
    Tenha uma linda semana
    Bjão

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  3. muito obrigado por ter escrito isso:
    "Enche, pois, de palavras minha loucura
    ou deixa-me viver em minha serena
    noite de alma para sempre escura."

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  4. nha
    dorei

    bjo, lindo. to com saudade. vamos marcar uma orgia? me liga

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