Meus invernos nunca mais foram os
mesmos. Desde aquele inverno em que você disse que me amava e eu simplesmente
não aguentei ouvir as palavras. Não dormi, não comi, não bebi, não gozei, não
fumei. Nem seu cheiro consegui cheirar depois daquele inverno. Não deitei mais
na sua cama, nem na cama de mais ninguém. Até hoje estou de pé, esperando o
próximo inverno chegar. E o próximo, e o próximo, e o próximo. Não importa
quantos casacos eu tire do armário, não importa quantas garrafas de vinho eu
abra, tinto ou branco. Não importa quantos julhos, agostos e setembros passem. E
quantos voltem. Aquele cheiro continua a me enjoar e eu não durmo, não como,
não bebo, não gozo, não fumo. Espero que tudo isso acabe, aquela neblina pela
manhã, aquela chuva fina e o ar condicionado que insiste em ficar ligado. Espero
que eu esqueça que eu não aguentei as palavras que saíram da sua boca naquele
inverno e espero que você esqueça também. Mas a estação passa e você não está
aqui. O ano passa e você não está aqui. Eu tenho que lidar com o resto dos dias
desse ano e dos próximos e dos próximos. Sem sentir seu cheiro. Eu não durmo,
eu não como, eu não bebo, eu não gozo, eu não fumo.
Estava com saudade, cara... Espero que não seja apenas mais uma causa perdida, mas o começo de novas... :)
ResponderExcluirum abraço! Até...
Invernos acabam, verões são clichês te desejo dias de primavera.
ResponderExcluirwhatahell, are you back?!?
ResponderExcluire como dói perder as vontades, perder os sentidos e a lógica do passar do tempo que, passando ou não, pouca diferença faz, porque a dor não vai com a chuva fina, nem com a neblina, nem com as estações que se alternam.
ResponderExcluir[um regozijo ler você de novo]
love,
[j]
meu blog favorito voltou?!?
ResponderExcluirComo sempre excelente!
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