27 setembro 2011

E o resto do mundo


Que eles vão para o inferno, onde fede a banheiro de bar de frente de Universidade. Que explodam e que as merdas que irão resumi-los, no fim das contas, não atrapalhem quando passarmos com nossa parada desfilando nossa felicidade. Que chova na casa deles e que infiltre até pelos azulejos uma água ácida e escura. Que goteje sobre suas camas por volta das três da madrugada, bem na testa de todos eles. E que a água que tomam diariamente para matar a sede de tanto gesticularem com as línguas esteja seriamente contaminada com algum microrganismo altamente patológico, que lhes cause a doença da década, do século, do milênio. Que morram de fome depois de comerem os cantos dos dedos das mãos e dos pés. Que andem de mãos dadas com o diabo de suas vidas e que sejam esquecidos por todos os anjos. Que destruam suas vidas com adagas amaldiçoadas que guardaram por todos esses anos sobre o portal da entrada de suas casas. Que suas casas desabem sobre suas cabeças. Que desabem aos meus pés.

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