O Cadu também é perfeito, ele pensava enquanto falava do namorado da amiga. No fundo, se iludia achando que o único perfeito era ele próprio, com seus gostos pseudo-refinados em música, cinema e televisão. Com seus livros off The New York Times. Com suas conversas cínicas e engraçadas, um humor carregado de inteligência forçada e medida. Achava que isso era perfeição e que só ele e os personagens de suas séries favoritas tinham nascido com aquele dom. Mas Cadu também era perfeito. Cadu apreciava bons vinhos e fazia academia. Estudara em boas escolas e ouvia samba de raiz. Ele ouvia música clássica e toda semana ia ao teatro. Depois dava uma volta na orla, só pra ver como a noite estava linda. Cadu fumava um cigarro de vez em quando, só quando queria parecer cool e usava a palavra cool com frequência e urgência. Ele achava que, na cidade, ele era o único perfeito, mas enquanto citava Cadu em suas conversas de bar, percebia o quão infantil era pensar assim. Estava cheio de Cadus aí fora, depois do portão de ferro corroído, esperando serem descobertos e até então fazendo dietas, a barba e academia.
excelente texto...quanta gente superficial por ai nos rodeando.
ResponderExcluirAbração.
qtos cadus...
ResponderExcluirvai escrever bem assim lá na puta que o pariu!!!
ResponderExcluirsão tantos, são às pencas.
ResponderExcluirp.s. [vai escrever bem assim lá na puta que o pariu!!!]2
bom finde!
eita como ele é convencidinho. eita, como ele tem olhos tortos.
ResponderExcluireu tomaria distância dele, disfarçadamente ou não.
vai escrever bem assim lá na puta que o pariu!!! [2]
[j]