11 outubro 2010

Bagunça


Brincaram a tarde toda, toda aquela criançada. Nem viram o tempo passar, se cansaram e acabaram caindo no sono. Quando eles caem no sono, esquecem dos brinquedos e quando acordam, acabam indo embora. Eles cansaram rápido e se foram. Nunca mais os vi por aqui. Hoje em dia, vem uma criança ou outra. Aparece com ares de juventude, sorrisos e papo de felicidade. Criança adora transparecer felicidade, como se fosse o único sentimento (?) que elas guardam lá no fundo do corpo. No espaço entre o esôfago e o pâncreas. Até essas, elas brincam e, quando eu vejo, já se foram. O play continua uma bagunça, mas insiste em reabrir de tempos em tempos. Esses intervalos só servem pra se rearrumar, ficar apresentável, porque sempre sobra uma bola esquecida aqui ou uma boneca dessas com pilha por ali. Tô esperando o dia que alguém vai mudar as coisas e colocar cada brinquedo em seu lugar na estante. Brincar e depois catar tudo. Quando elas crescerem, talvez.

10 comentários:

  1. tá sobrando espaço e faltando graça que só criança traz.

    mamãe hoje disse que queria que eu ficasse gravida, ALOKA, e tivesse gêmeos, ALOKA. rs


    i'm woman left lonely.

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  2. Vou interpretar seu texto como uma metáfora, aqui. Gostaria de descer mais vezes para o Play e resgatar os meus "brinquedos" espalhados que ainda não foram recolhidos.

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  3. É mesmo hora de nós mesmos recolhermos os brinquedos do chão!

    Abraços de quem gostou daqui!

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  4. fico feliz de morar num prédio onde não há crianças
    rs

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  5. Criança é meio que nem dente. As sensações são muitas, mas ainda não sabem bem como expor todas elas, então o fazem da maneira que sabem...

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  6. a gente nunca aprende a brincar e guardar tudo no lugar... mas vc já sabia disso quando escreveu o texto. por isso ficou tão interessante. =)

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  7. Crianças, acho necessário voltar a ser uma.

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  8. "Eu fico com a pureza da resposta das crianças: é a vida, é bonita e é bonita!"

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  9. Ei Antônio. Obrigada por seu belo comentário!!!

    Essas crianças deixam sempre uma bagunça em nós, não é mesmo?

    bjo bjo

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