Ela guardou o revólver na mochila da Tinker Bell, no bolso grande porque não coube no bolso pequeno. O revólver era maior do que ela previra. Mais pesado também, conferiu ao segurá-lo pela primeira vez, imaginando o que faria ao namorado com aquele pedaço de metal.
Ao lado do revólver, guardou a folha de fichário com o plano. Tudo era bem rudimentar na superfície do papel, escrito com lápis 2B e, ocasionalmente, apagado com uma borracha velha que manchava todo o plano.
Ela iria chegar na casa dele, entrar pela cozinha e parar ali um instante para tirar o revólver da mochila. Ele estaria no banho, porque ela chegaria lá por volta das nove. Às nove, ele sempre está no banho. Talvez se masturbando, ela sempre imaginou. Ele com certeza é o tipo de homem que se masturba diariamente, ela amaldiçoou, sabendo que ela não era o tipo de mulher que se masturba com freqüência.
Iria lentamente até o banheiro, já ouvindo os possíveis gemidos de prazer do rapaz ou os primeiros versos de Bad Romance. Não bateria na porta, porque sabe que sempre está aberta durante o seu banho, e entraria.
A névoa formada devido à água quente ajudaria ela a deixar o revólver em posição de tiro. Ele notaria, através do vidro fumê embaçado, a entrada dela e abriria a porta do box, nu e talvez excitado.
Ela atiraria na barriga e se deliciaria com a imagem do rapaz sentindo o queimar do tiro, cortando-lhe a carne e penetrando seus órgãos. Se deliciaria com o sangue escorrendo pelo corpo dele, misturando-se à água do banho, descendo-lhe pelas pernas.
Daria um segundo tiro, na testa, e veria o rapaz cair de dor no chão molhado, sob o chuveiro ligado, olhando-a sem entender, talvez agora até sem pensar. Morto. Com os olhos abertos como um fantasma, o chuveiro lhe caindo água abundantemente, as pernas cruzadas involuntariamente.
Voltaria à cozinha, guardaria o revólver novamente na mochila e tiraria as luvas de látex, daquelas de lavar louça. Seria o fim daquela relação. Entraria no carro e, indignada, tiraria o pedaço de namorado que sobrara em seu ombro com o tiro na cabeça. Jogaria do lado de fora da janela e partiria para Aruba.
Relato digno de um roteiro de Hitchcock ... SUPIMPA ...
ResponderExcluirAgora, me surpreendi com o final ... eu teria cortado o membro do rapaz e levado comigo para Aruba ...
Obrigado pelo carinho lá no blog
bjux
;-)
Maravilhosooo!!
ResponderExcluirVisualizei tudo aki na minha frente...nossaa... tô sem saber o q escrever.
Adoreii!
Abraçooo!
Finais de romances...
ResponderExcluirAcertar na cabeça é uma bela forma de retribuir quando nos sentimos enganados pelas idiotices alheias... rsrsrs
Adorei!
Enquanto lia... ia imaginando a cena... da maneira que descreveu... como se estivesse vendo um filme... com o sangue escorrendo e misturando com a água do banho!!!
ResponderExcluiraDorei... Perfeito...!
Já pensou em ser roteirista?
***
umBeijo!
;-)
Não me faça passar vontade desse jeito! hehe... bjuu!
ResponderExcluirRelato digno de um roteiro de Hitchcock ... SUPIMPA ... [2]
ResponderExcluirMe imaginei no lugar dela. Pelo menos por dois momentos na minha vida, gostaria muito de poder exorcisar pessoas da minha vida com um belo tiro na cabeça...
ResponderExcluirMas e daí que dizem que ninguém te conhece? Se quiser aparecer no encontro, apareça uai, não é nada fechado nem nada! Mas avisa XD.
Abração!
ia falar sobre o hitchcock, mas o foxx já comentou..rsrsr
ResponderExcluirme fez lembrar também de odete hoitman deslizando pela parede e deixando um rastro de sangue....
mto bom
a faca de dois gumes.
ResponderExcluire as digitais no revólver?
ResponderExcluirAdorei o conto e como a história foi construída.
ResponderExcluirSério, muito bem feito.
Inveja branca, já que eu gostaria de ter escrito isso, hehehe
Abraço
Nossinhora... vc tá cada dia melhor, hein?
ResponderExcluirAdorei o jeito sutil de terminar um namoro! haha
Abço ^^