Médico formado pela Universidade Federal, alto, forte procura para relacionamento aberto, do tipo “venha na minha casa, coma um strogonoff de frango ou de camarão – caso você não seja alérgico também – e transe comigo um pouco”.
A comida fica por minha conta, disso eu me asseguro. Você só precisa trazer o “Sim” e o sorriso infantil. Também cuido da sua saúde se for o caso e aquela piadinha de “brincar de médico” vai ser cuidadosamente evitada. Questões de ética de trabalho.
Eu estava acostumado a ligar uma vez por semana, sempre às quintas-feiras, por volta das oito ou oito e meia. Bolava um plano sobre como nos encontraríamos e transávamos umas duas horas. Depois disso era hora de ir pra casa, pra faculdade ou pra Avenida Atlântica comer pipoca de madrugada.
Sou limpo, cabelo cortado e a unha também. Se você não for assim também, não adianta ligar porque não vai rolar. Podemos construir uma relação sem cobranças, sem compromissos, nos veríamos quando quiséssemos e quando eu estivesse de folga.
Você não me conta sobre a sua semana, nem pergunta sobre a minha. Podemos falar sobre doenças de idosos, premiações da música internacional ou sobre o último jogo de futebol. Moro em Copacabana, quase no Arpoador.
Não trocamos cumprimentos calorosos, que é pra manter a distância e a discrição. Você dorme na sua cama e eu na minha. Aviso de antemão que isso é essencial para o desenvolvimento do relacionamento ou desse lance que vamos ter. Não falo e não gosto de quem fala lance.
E quando você cansar de mim, simplesmente responda às minhas perguntas. Principalmente se eu lhe perguntar se você está me enrolando. Não gosto de ser enrolado, tenho muito trabalho a fazer durante a semana e gosto de relaxar na minha folga.
Quinta-feira estou disponível. Me procure no Barra D’Or. Se você está interessado entre em contato por email, telefone, Twitter, Facebook, Formspring ou MSN. Simplesmente entre em contato.
chegando aqui pela primeira vez
ResponderExcluiradorei o texto
super atual, histórias assim estão mais comuns do que possamos imaginar
infelizmente
ou felizmente
vai saber não é?
Uma visão um tanto quanto pessimista e estereotipada dos médicos, não?
ResponderExcluirDá um desconto, aí!! hehe