25 fevereiro 2010

O garoto que bebia Heineken

“Todo mundo merece uma segunda chance”, foi assim que ela começou a história sobre o nosso amigo que bebia Heineken. A primeira pode não ser boa devido à falta de intimidade, ou devido ao álcool. Ninguém costuma transar sem álcool no copo de cristal ou no copo de requeijão.

A primeira deles não foi boa. E não era problema dela, disso ela tinha certeza. Fizera tudo direitinho. Ainda que eles estivessem em pé. Ainda que seus pés estivessem tremendo também devido ao excesso de álcool. Quem não perde um pouco de força nas pernas quando passa dos limites e exagera no álcool? A Lei Seca está aí pra isso.

No resto da semana, a gente observava ele com sua garrafa verde, pra tudo que era lado. Ele ostentava aquilo, como se ele até transasse bem. E esse assunto nos fazia discutir sobre as pessoas e como elas transavam. Se fodiam bem ou se fodiam mal. Ele nos enganou, alguns diziam. Maldita garrafa de Heineken.


Mas quem sofreu mesmo com tudo isso foi ela. Pobre coitada. Caiu no conto da Heineken. Ele andava com polo da Tommy, sapatenis de adulto, mas foder que é bom... necas de pitibiriba, como diria uma tia-avó minha. A Heineken sempre na mão esquerda. A direita coçava o saco e mostrava sua masculinidade.

Vai ver foi isso, sua mão direita estava ocupada enquanto transavam da primeira vez. Ele nem pôde mostrar sua masculinidade naquele dia, na parede do prédio. A esquerda segurava a Heineken, como habitual.

Outra certeza de que a culpa não fora dela nascia do fato de ele ter gostado. Ele queria repeteco, como diziam os pagodes da época. Ela daria a segunda chance, como dizia sua teoria.

Todo homem merece uma segunda chance. Mais que isso, toda transa merece uma segunda chance. É uma série de fatores que pode acabar levando um sexo a ser ruim e por puro preconceito ou preguiça de tentar de novo, você pode estar perdendo a foda da sua vida.

Mas na segunda chance ele não se ocupou de nada com a mão direita. E nem exibia a Heineken na esquerda. Mas a masculinidade também não estava por ali. Era estranho o modo como ele agia. Ele só queria tomar banho e fazer carinho. Ela queria beber a tão bendita Heineken e ouvir palavras de sacanagem com sotaque carioca. Vai dizer que não é o que toda menina de Zona Sul quer?

Duas chances eram o suficiente. Quando um homem não acha a masculinidade depois de duas chances, é sinal de que ela está muito perdida. Talvez afundada entre os cascos verdes e vazios das boas Heinekens que ele tanto se orgulhava de consumir.

5 comentários:

  1. A menina que deu a 2a chance25 de fevereiro de 2010 às 13:12

    Duas chances são o suficiente.

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  2. pelo perfil, um leSk carioca bebendo Heineken, não deveria ter dado nenhuma chance!
    ahhhh...quer saber!
    adoro mulheres q arriscam e pronto
    e já q deu uma vez, tb iria aconselhar dar a segunda chance com pensamento positivo

    Na próxima,
    confie nos BRAHMEIROS!!!


    Isadora Pereira

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  3. adoreeeeeeei esse conto
    e os outros também

    estou dando gargalhadas
    com os pseudônimos dos seus seguidores

    acabei de ler
    mas já quero q vc atualize logo


    Isadora Pereira

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  4. Por isso que eu só deixei chances para quem bebia coca-cola!

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